Introdução

De 15 de janeiro de 1981 a 15 de março de 1984, três dedicados buscadores da verdade receberam a comunicação falada que é apresentada neste livro. As mensagens, como você vai descobrir, vieram de uma civilização de seres extraterrestres que se identificaram como Ra. O Contato Ra: Ensinando a Lei do Uno contém o registro completo, retificado e agora unificado desse período de contato de três anos com Ra.

Esta introdução não pretende explicar detalhadamente o contato ou sua filosofia. O objetivo desta seção é simplesmente oferecer ao leitor um pouco de contexto sobre como esse contato aconteceu, algumas informações básicas sobre a fonte com a qual Don Elkins, Carla Rueckert e Jim McCarty estavam se comunicando e um esboço do que essa fonte diz sobre realidade metafísica. Esta introdução não é essencial para ler e compreender este livro; ela é oferecida como meio de orientação e preparação para a jornada que está por vir.

Sobre Ra

Na história antiga da Terra, Ra é conhecido como o deus egípcio do Sol. Eles afirmam, no entanto, que quando visitaram os egípcios, vieram como irmãos e irmãs, não como deuses. Eles vieram porque aquela civilização havia desenvolvido uma cultura e um sistema de crenças que os preparou para compreender os conceitos da Lei do Uno. Tal prontidão para a Lei do Uno atraiu aqueles de Ra para servirem como professores desses princípios.

Ra relata que seus esforços para ajudar aquela cultura em particular foram mal compreendidos e distorcidos. Os egípcios, particularmente a elite real que reservou a mensagem apenas para si, roubaram a mensagem de sua compaixão inerente, distorcendo a filosofia da unicidade de todas as coisas. Consequentemente, Ra retirou-se da experiência egípcia, mas eles continuaram, desde aquele momento até agora, a observar o desenvolvimento da Terra à distância. Foi o desejo duradouro de Ra em corrigir as distorções introduzidas na Lei do Uno durante aquele período de tempo que os levou a fazer contato com o nosso grupo.

Mas esse não foi o único motivo. Ra também fez contato com nosso grupo porque a Terra está se aproximando do fim de um ciclo mestre de evolução de 75.000 anos, e muitos de sua população estão prontos para passar para o próximo estágio evolutivo, o que Ra chama de quarta densidade, a densidade do amor e da compreensão. Eles desejaram ajudar neste tempo de transição e, assim, responderam ao chamado de serviço emitido por este planeta. Ra disse que eles são da sexta densidade e são, em suas palavras, um “complexo de memória social”. Isso é o que uma população planetária se torna nas densidades de evolução além da nossa. Nesse arranjo, os pensamentos, memórias e experiências de cada indivíduo são conhecidos e disponíveis para todo o grupo. O corpo social como um todo, então, consiste em muitos indivíduos únicos que também têm acesso a um repositório compartilhado de memória e identidade.

De acordo com Ra, a população da Terra dará à luz seu próprio complexo de memória social depois que sua graduação para a quarta densidade estiver completa. Assim como os indivíduos evoluem com o tempo, o complexo de memória social também evolui, transformando-se e tornando-se mais unificado à medida que as lições de cada densidade superior de evolução são apreendidas com sucesso. Para Ra, enquanto complexo de memória social, não há distinção entre um indivíduo e todo o grupo. Assim, quando nos comunicamos com aqueles de Ra, falamos com uma entidade individualizada do complexo de memória social. Já que todos nesse grupo acessam uma mente compartilhada, era como se estivéssemos nos comunicando com todas as 6,5 milhões de entidades do complexo de memória social Ra.

Ra também faz parte de um grupo maior denominado Confederação dos Planetas a Serviço do Criador Uno Infinito, que consiste em muitos outros complexos de memória social de outros planetas em nossa porção local da Galáxia da Via Láctea. De acordo com Ra, os membros da Confederação têm oferecido, já há algum tempo, seus serviços através da canalização e de outros meios para vários indivíduos e grupos ao redor do mundo, sua interação com este planeta remontando ao nosso passado pré-histórico profundo. Nosso grupo está em contato com diversos membros dessa Confederação desde que começamos em 1962.

A mensagem principal da Confederação sempre foi que vivemos em um universo de unidade, que o mundo como o percebemos é uma ilusão, que estamos aqui para aprender como dar e receber amor, e que a meditação é um dos principais meios de descobrir o Criador que existe em todos nós.

No decorrer dessa conversa, Ra certamente assumiu a responsabilidade por sua perspectiva mas renunciou a qualquer autoridade, indicando que o que eles tinham a compartilhar era apenas sua perspectiva – o que eles descreveram como uma “perspectiva um tanto diferente sobre a informação que é sempre e sempre a mesma.” Eles desejavam não serem identificados como a fonte dessa informação. Em vez disso, eles pediram especificamente que fossem descritos como “humildes mensageiros da Lei de Uno”. Nessa declaração, eles reconhecem suas limitações e honram sua relação com a verdade una que transcende (mas inclui) cada porção aparente de identidade em todo o universo:

[Nós encorajamos o buscador a não remover] o foco da Fonte Una Infinita de amor e luz, da qual todos nós somos mensageiros, humildes e sabendo que nós, por nós mesmos, somos apenas a menor porção do Criador, uma pequena parte de uma magnífica totalidade de inteligência infinita.

A Lei do Uno e sua Cosmologia

É assim que Ra descreve a Lei do Uno:

Na verdade, não existe certo ou errado. Não há polaridade, pois todos serão, como vocês diriam, reconciliados em algum ponto de sua dança através do complexo mente/corpo/espírito, que vocês se divertem distorcendo de várias maneiras neste momento. Essa distorção não é necessária em nenhum caso. Ela é escolhida por cada um de vocês como uma alternativa para compreender a completa unidade de pensamento que liga todas as coisas. Vocês não estão falando de entidades ou coisas semelhantes ou um tanto parecidas. Vocês são cada coisa, cada ser, cada emoção, cada evento, cada situação. Vocês são unidade. Vocês são infinitude. Vocês são amor/luz, luz/amor. Vocês são. Esta é a Lei do Uno.

Neste livro, Ra nos coloca cara a cara com a mesma verdade básica que foi relatada por místicos de todas as partes do mundo ao longo dos tempos: a surpreendente compreensão de que o Criador Uno Infinito está dentro de nós e em tudo, em todos os lugares. Na verdade, a Lei do Uno afirma que não há nada que não seja o Criador; não há nada que esteja fora dessa unidade subjacente. Ra relata que o Criador fez a criação infinita a partir de Si mesmo com o propósito de se conhecer e experimentar a Si mesmo. Essa “infinitude inteligente”, como Ra a chama, gera a partir de seu próprio ser as galáxias, estrelas, planetas, entidades como nós, escuridão e luz, amor e medo, cada sombra de significado e experiência, cada modo de pensamento e atividade, e tudo o mais real e imaginado em todos os planos de existência. E Ela dotou cada parte aparente desta criação com uma base de livre-arbítrio: a capacidade de aprender, crescer, intencionar, se adaptar, fazer escolhas evolutivas, traçar um caminho de experiência de retorno ao Criador.

À medida que viajamos em nossas jornadas espirituais, exercitamos o livre-arbítrio, escolhendo conhecer a nós mesmos gradualmente com mais clareza e, mais cedo ou mais tarde, crescemos em unidade com o Criador Uno. Como todas as infinitas entidades na criação infinita percorrem esse caminho, o Criador Uno passa a se conhecer de maneiras que são inimagináveis e infinitas por meio de cada escolha de livre-arbítrio que é feita por cada parte da criação.

A jornada que cada alma faz, de acordo com Ra, passa por um sistema infinito de “oitavas”, cada oitava dividida em sete densidades (ou concentrações) ascendentes de luz. Na primeira densidade de nossa oitava atual, o fogo e o vento ensinam a terra e a água a se formarem de modo a produzirem a base para a vida biológica subsequente.

A segunda densidade é o nível de consciência habitado por bactérias e organismos unicelulares, nos estágios inferiores, até plantas e animais nos estágios superiores. As lições dessa densidade envolvem a transformação da mudança aleatória da primeira densidade para uma consciência mais coerente que facilita o crescimento e o movimento direcionado. À medida que as entidades progridem através da segunda densidade, elas começam a se empenhar em direção à próxima densidade de autoconsciência; e à medida que o complexo do espírito é despertado, a graduação para a terceira densidade torna-se possível.

A Terra e sua população humana estão atualmente aproximando-se do fim do ciclo da terceira densidade, de acordo com a Confederação. Nessa terceira densidade, a densidade da escolha, temos uma autoconsciência mais desenvolvida que inclui a mente, o corpo e, pela primeira vez, um espírito totalmente ativado. A função dessa densidade é polarizar nossa consciência e escolher nossa forma de amor, nossa forma de serviço. Em uma extremidade do espectro de polarização está o serviço a si mesmo: um amor exclusivo de si mesmo que rejeita o amor universal e procura controlar, manipular, explorar e até escravizar os outros para o benefício de si mesmo. Na outra extremidade do espectro está o serviço aos outros: um amor não apenas por si mesmo, mas por todos os outros si-mesmos. O serviço aos outros busca e envolve o amor universal e incondicional, vê o Criador em todas as coisas e apóia o livre-arbítrio de todos. Nossas vidas vividas, entretanto, não são tão preto-e-brancas, conforme nos esforçamos para alcançar uma das extremidades do espectro de polaridade da consciência.

Em congruência com várias tradições de sabedoria da Terra, Ra comunica que estamos nos movendo em direção a uma “nova era”, ou o que Ra chamaria de colheita para a quarta densidade de amor e compreensão. É aqui que nasce o complexo de memória social, onde os pensamentos tornam-se coisas, o amor torna-se visível e as polaridades positiva e negativa se separam para habitar ambientes mais adequados aos seus respectivos e divergentes cursos de evolução.

A quinta densidade é a densidade da luz, onde a sabedoria torna-se o foco e critério para a graduação para a próxima densidade. A sexta densidade equilibra e unifica o amor aprendido na quarta densidade com a luz (sabedoria) aprendida na quinta densidade e produz um poder para servir aos outros que é mais eficaz do que o amor ou a sabedoria isolados. A sétima densidade atinge um reino de experiência ainda mais difícil de descrever. De acordo com Ra, é a densidade de “eternidade”, e aqui começamos a nos mover em total harmonia com o Criador Uno. A oitava densidade representa a coalescência completa de toda a criação com o Criador Uno e pode ser vista como a primeira densidade de uma nova oitava, semelhante em arranjo às notas em uma escala musical. Os frutos dessa oitava eventualmente darão origem a outra oitava de densidades, cujos frutos darão origem a outra oitava de densidades, e assim por diante, infinitamente.

Como surgiu O Contato Ra

Don Elkins começou a fazer grandes perguntas sobre a vida quando estava no ginásio. Em meio à leitura, escrita e aritmética do dia a dia, ele pensava consigo mesmo: Qual o significado da vida? Qual é o tamanho do universo e como ele funciona? O que não sabemos? Esse desejo de compreender e juntar as peças do quebra-cabeça persistiria inabalável ao longo de sua encarnação. Em sua vida profissional, Elkins se tornaria professor de Engenharia Mecânica e Física e, em sua vida pessoal, um determinado investigador de OVNIs, reencarnação e outras áreas de investigação que poderiam ser agrupadas sob o título de paranormal. Ele percebeu que a ciência moderna estava aquém de revelar o funcionamento e o propósito fundamentais do universo, então ele se voltou para esses campos em busca de respostas que a ciência não poderia fornecer.

Carla L. Rueckert foi uma pessoa dotada desde a infância com um intelecto elevado e uma fé incrivelmente profunda e pessoal. Neste último ponto, ela se autodenominou “episcopal de berço” e, eventualmente, uma cristã mística. Em relação ao primeiro ponto, Carla foi uma criança precoce que se destacou na escola, dominando qualquer teste que lhe fosse oferecido. E o mais importante, apesar das difíceis circunstâncias de crescimento, Carla vibrava com amor pela vida. Ela viveu para dançar, cantar, interagir com a natureza e incorporar uma vida de devoção e serviço. Ela estava tão comprometida com o ponto de vista amoroso que muitas vezes as pessoas a consideravam inocente ou ingênua, forçando alguns a desejar proteger e guardar Carla contra um mundo que eles sentiam ser menos puro do que ela.

No final de 1961, Don recebeu um pequeno volume marrom, com o título criativo O Caderno Marrom, que foi compilado por Walt Rogers de Detroit, Michigan, um sujeito que já teve um encontro cara a cara com uma entidade OVNI. Após o encontro, o Sr. Rogers exibiu “contato telepático prolongado” com essa entidade, um fenômeno que foi frequentemente relatado em encontros semelhantes na década de 1950. O caderno marrom compilado por Rogers continha informações sobre a natureza metafísica da realidade de supostas fontes extraterrestres. Também descreveu como um grupo de pessoas que meditava junto com frequência poderia receber esse tipo de informação por meio de contato telepático com entidades extraterrestres. Elkins ficou tão impressionado com as correlações entre o material canalizado no caderno e seu próprio trabalho que, com base nessas informações, decidiu tentar um experimento com uma dúzia de seus alunos de física em Louisville, Kentucky.

A notícia disso chegou aos ouvidos de uma namorada de um desses alunos. Ela havia desenvolvido recentemente um grande interesse pelo silêncio e amor pela meditação, então ela pediu para participar. O nome dela era Carla L. Rueckert.

Don não disse ao grupo o que poderia acontecer, apenas que algo interessante poderia ocorrer se eles meditassem juntos. Ele estava realmente tentando conduzir um experimento científico para ver se os alunos receberiam contato telepático extraterrestre sem saber disso. Depois de algum tempo passado, e nenhum resultado definitivo produzido, Walt Rogers visitou o grupo e canalizou a partir de sua fonte, Hatonn, a entidade com a qual ele havia experimentado o encontro face a face. Hatonn disse que estavam tentando canalizar por meio de alguns membros do grupo de Don, mas os alunos não estavam cientes de que as impressões que estavam recebendo – mas não verbalizando – eram de extraterrestres. Elkins sentiu que esse evento anulou a validade científica do experimento, mas isso começou a produzir resultados. Após essa visita, todos no grupo, exceto Carla, aprenderam a canalizar; ela preferia a meditação silenciosa.

Os respectivos cursos de Carla e Don após esse encontro os levaram por caminhos diferentes por algum tempo, mas eles acabariam se reunindo e oficialmente se unindo em uma missão compartilhada de pesquisa e busca em 1968. Dois anos depois, eles formariam a L/L Company, mudando seu nome para L/L Research em 1976. E foi em 1974 – doze anos depois de Carla participar da primeira experiência de canalização de Don – que Don pediu a Carla que assumisse o serviço de canalização. Não por acaso, este foi o mesmo ano em que Elkins começou a realmente preservar (não jogar fora ou reciclar) as gravações em cassete das canalizações. As mensagens deram um salto qualitativo para a frente, graças à aptidão de Carla em canalizar, juntamente com os refinamentos que ela fez nos rudimentares protocolos de canalização de Don. Entre esses refinamentos, Carla desenvolveu os procedimentos cruciais de afinar o instrumento e desafiar o contato que se tornou a marca registrada do estilo de canalização da L/L Research.

Em 1978, Jim McCarty estava vivendo fora da grade em uma cabana de madeira que ele construiu em seus 132 acres de terra nos bosques do centro de Kentucky. Uma noite, enquanto ouvia em seu rádio a bateria a estação WKQQ transmitindo de Lexington, Kentucky, ele ouviu uma entrevista com Don Elkins e Carla L. Rueckert sobre o tópico de OVNIs. Fascinado, Jim esperava conhecê-los um dia. Um ano depois, seu desejo se tornou realidade quando ele foi apresentado a Don e Carla por outros fazendeiros que os conheciam. Depois de dirigir para Louisville todos os domingos à noite durante um ano para assistir às meditações de canalização, Don e Carla convidaram Jim para se juntar a eles para ajudar em suas pesquisas. Jim foi morar com eles em 23 de dezembro de 1980.

Vinte e três dias depois, em 15 de janeiro de 1981, enquanto Carla ensinava um aluno a canalizar, uma voz falou por meio de Carla e disse: “Eu sou Ra”. Antes dessa sessão, todas as canalizações de Carla eram feitas conscientemente, mas ao servir como um instrumento para canalizar Ra, ela ficou completamente inconsciente. De uma forma que nunca foi totalmente compreendida por Don, Carla ou Jim, ela deixava seu corpo para o contato com Ra. Ra foi então capaz de operar remotamente e mecanicamente as cordas vocais de Carla para produzir respostas às perguntas de Don. Para cada uma das 105 sessões subsequentes à primeira, Carla perdia a consciência, completamente alheia ao que estava acontecendo com ela. Não foi até a sessão 23 que Don começou a mostrar a ela as transcrições das palavras de Ra. Ele os havia escondido dela para preservar a viabilidade científica do contato.

O contato com Ra foi um salto à frente tão quântico em profundidade de percepção e amplitude de visão que Don, Carla e Jim se dedicaram totalmente a esse contato pelos próximos três anos e dois meses. 1

A Conversa com Ra

O estilo de contato de Ra era apenas perguntas-e-respostas. Eles sentiram que esse formato era o melhor para garantir que o livre-arbítrio de cada pessoa do grupo não fosse prejudicado. Ra descreveu seu contato como uma “banda estreita”, o que significava algumas coisas: primeiro, que considerável foco e disciplina eram necessários para manter seu contato; segundo, que a qualidade da informação era de muito maior precisão e profundidade do que aquela disponível por meio da canalização consciente; e terceiro, que desejavam enfocar principalmente a filosofia e os princípios espirituais atemporais, o que significava evitar informações transitórias que não tinham valor duradouro.

Ra escolheu Don, Carla e Jim para se comunicar porque, é claro, Don e Carla vinham praticando e refinando o processo de canalização há anos. Mas, mais fundamentalmente, eles escolheram esses três buscadores porque, como grupo, eles desfrutavam de uma harmonia significativa, sustentada quase sem esforço. De igual importância era a pureza absoluta de desejo da Carla e a dedicação total de servir ao Criador Uno Infinito, especialmente por meio da comunicação e, mais especialmente, por meio da canalização. Esses fatores apoiaram o contato com Ra de uma maneira estável que acabaria por produzir 106 sessões explorando a Lei do Uno.

Os preparativos para o contato com Ra começavam na noite anterior a cada sessão. Don, Carla e Jim meditariam juntos e então repassariam a sessão anterior, elaborando novas perguntas para fazer a Ra. Foi descoberto que transferências de energia sexual prolongavam as sessões de Ra, aumentando as energias vitais de Carla, então Carla e Jim, tendo já desenvolvido um relacionamento íntimo, dedicariam essa transferência ao Criador Uno e ao contato Ra. Na manhã da sessão, Don, Carla e Jim tomariam um café da manhã leve e, em seguida, Jim faria uma massagem nas costas de Carla para evitar a dor artrítica que eventualmente surgiria por ela ficar deitada imóvel por cerca de uma hora.

Entre o café da manhã e a sessão, eles meditavam juntos na sala de estar e, durante essa meditação, Don frequentemente recebia um ou duas perguntas para fazer a Ra. Eles então se retirariam para o quarto de Ra e colocariam Carla na cama no meio do quarto. Jim configuraria os três gravadores para garantir uma gravação bem-sucedida. Don mediria o que Ra chamou de “acessórios” – a Bíblia, o incenso, o cálice de água e a vela – para ter certeza de que estavam na posição ideal, de acordo com as instruções de Ra. (Esses itens foram escolhidos por Ra devido ao seu significado pessoal para Carla, já que ela serviu na guilda do altar de sua igreja e havia vestido o altar com esses itens todos os domingos. Eles eram um grande conforto para ela quando ela deixava seu corpo.)

Ra deu ao grupo um ritual de proteção chamado Círculo do Uno, no qual Don e Jim andariam ao redor de Carla enquanto repetiam as palavras que refletiam seu desejo de servir aos outros. Então Don pegaria sua cadeira e revisaria as perguntas de Ra, e Jim tomaria sua cadeira e iniciaria uma meditação que duraria toda a sessão. Ele visualizava a luz se movendo pelos centros de energia de Carla, do topo de sua cabeça até a planta dos pés. Dentro de um ou dois minutos após completar o Círculo do Uno, Ra começaria a sessão.

Durante o contato de três anos com Ra, Don foi capaz de fazer mais de 2.600 perguntas a Ra. As respostas deles permitiram que ele encaixasse muitas das peças do quebra-cabeça de que precisava para finalmente responder às suas maiores e mais urgentes perguntas.

O Buscador Busca o Uno

Ra disse que cada um de nós busca a verdade. À medida que fortalecemos nossa vontade de buscar a verdade e nossa fé de que encontraremos o amor em nós mesmos e no mundo ao nosso redor, também certamente encontraremos nossa verdadeira natureza, que é outra maneira de dizer, o Criador Uno Infinito. Como Ra disse:

O buscador busca o Uno. Esse Uno deve ser buscado, como dissemos, pelo si-mesmo equilibrado que aceita a si mesmo, ciente de suas distorções aparentes e de sua perfeição total. Repousando nesse estado de ciência equilibrado, a entidade então abre o si-mesmo para o universo que ele é. A energia luminosa de todas as coisas pode então ser atraída por essa busca intensa e, onde quer que a busca interior encontre o prana cósmico atraído, ocorre a realização do Uno.

Durante nossas sessões de canalização, a Confederação quase sempre inicia cada sessão aconselhando os buscadores a considerarem as mensagens cuidadosamente e a usarem seu próprio discernimento para determinar o que é útil e verdadeiro para si mesmos, e deixar o resto para trás. Repetimos esse sentimento aos leitores deste livro, encorajando todos os que lêem as palavras de Ra a se aproximarem delas com uma mente aberta, porém criteriosa. Usamos a palavra “verdadeiro” acima, mas lembramos-lhe que você é a verdade que você busca; nenhuma mensagem, filosofia ou qualquer combinação de palavras pode igualar ou substituir quem você é.

Bênçãos em sua jornada de busca do Criador Uno Infinito em você mesmo, em seus amigos e sua família, e no mundo ao seu redor.

Dedicação

Teria sido uma honra para mim trabalhar com Don e Carla mesmo sem o contato Ra. A harmonia entre nós três era tão óbvia e fácil que parecia que velhos amigos se reuniam novamente para outra aventura da consciência. Tudo o que fizemos sentia-se como aquilo que deveríamos fazer para servir da maneira que nosso coração achava melhor. Don era como um irmão mais velho que conhecia os segredos de como jogar o jogo da vida que Carla e eu estávamos aprendendo.

Após o contato com Ra e a morte de Don, Carla e eu compartilhamos uma vida juntos por 28 anos como marido e mulher, e ela se tornou o amor mais querido e doce da minha vida. Agora que ela também se foi, eu, com meus companheiros atuais Gary Bean e Austin Bridges, continuamos o trabalho que ela e Don começaram em 1968 como Love & Light Research.

Por todas essas razões, este livro é dedicado a Donald T. Elkins, cuja inteligência, intuição e experiência com o paranormal o prepararam perfeitamente para manter uma conversa surpreendente com aqueles de Ra, e a Carla L. Rueckert, que sem medo ofereceu sua vida a serviço do planeta Terra conforme ela serviu como o instrumento para o contato Ra. A sabedoria de Don e o amor de Carla iluminaram um caminho através do véu do esquecimento para qualquer um que queira se tornar um buscador da verdade.

— Jim McCarty

Nota ao Leitor

Quando Don, Carla e eu tínhamos essas sessões com Ra no início dos anos 80, sabíamos que estávamos vivendo os melhores dias de nossas vidas. Sabíamos que este trabalho era o principal motivo de estarmos nesta Terra. Mal podíamos acreditar na nossa boa sorte de estarmos envolvidos com entidades extraterrestres que falavam tão eloquentemente, tão precisamente e tão profundamente sobre a natureza da criação, como todos nós evoluímos por meio dela, o significado da vida e como o amor, a luz e a unidade são os blocos básicos de construção de todas as coisas. Muito simplesmente, Ra falava a linguagem de nossos corações e nossas almas, e vibrávamos em harmonia com tudo o que eles tinham a dizer.

Ao longo dos anos, descobrimos que existe uma pequena comunidade de buscadores da verdade que também tem essa poderosa vibração simpática com as informações de Ra. Se você é uma dessas pessoas, seja bem-vindo à nossa família. Mesmo que nunca nos encontremos, é bom saber que você está aqui. Em nosso serviço compartilhado ao Criador Uno Infinito, estamos sempre juntos, não importa qual seja a aparência de nossas realidades físicas. Então, enviamos nosso amor e luz para você e pedimos que compartilhe seu amor e luz com todos que encontrar em todas as experiências de vida presentes e futuras.

— Jim McCarty


  1. Para ler um relato mais aprofundado dos eventos que levaram ao contato com Ra, veja o nosso livro Tilting at Windmills (Lutando contra Moinhos de Vento)